Dermolipectomia Crural

CIRURGIA DERMOLIPECTOMIA CRURAL

SUSPENSÃO DE COXAS

Conceito

A dermolipectomia crural ou suspensão de coxas consiste na retirada da sobra de pele e gordura da região interna das coxas.

Com o passar da idade e a perda da elasticidade da pele, pode ocorrer flacidez da pele na região interna das coxas, que não resolve com exercícios e dieta ou lipoaspiração. Outra causa de flacidez nesta região são as grandes perdas de peso por dieta ou após cirurgia de redução do estômago, pois a pele não consegue retrair o suficiente para acompanhar a perda de peso.


Indicação

Encontra-se indicada para os pacientes que apresentam flacidez da pele na região interna das coxas devido à idade ou à grande perda de peso.

A realização de lipoaspiração nestes casos, quando a pele está flácida e sem a elasticidade necessária para retração, pode piorar a condição local, não havendo indicação.


Preparo cirúrgico

Conforme a idade do paciente e a presença de condições associadas são solicitados exames pré-operatórios como exames de sangue (hemograma e coagulorama), radiografia de tórax e eletrocardiograma. Em algumas situações pode ser necessária a opinião de outros especialistas.

Na véspera da cirurgia a paciente deve fazer jejum de oito horas e se internar no hospital escolhido 2 horas antes do procedimento. Os detalhes são fornecidos por escrito para cada paciente conforme a cirurgia.

Na semana anterior à cirurgia evita-se a utilização de qualquer medicação e mesmo alguns chás, que podem alterar a coagulação. A necessidade de utilização de medicamentos deve ser informada ao cirurgião.


Anestesia

A anestesia pode ser local associada à sedação ou bloqueio (peridural) ou geral (quando associado a outros procedimentos), realizada por médico anestesista da equipe, habituado às particularidades de cada procedimento.


Técnica cirúrgica

A cirurgia consiste na retirada do excesso de pele e gordura subjacente na região interna das coxas.

A incisão tradicional é realizada na prega interna da virilha até o sulco glúteo. Nos casos em que há grande flacidez e excesso de pele, pode haver necessidade de se realizar também uma incisão vertical a partir do centro da cicatriz inicial posicionada na face interna da coxa. As incisões e a necessidade ou não da incisão vertical são discutidas com o paciente no pré operatório.

Após a retirada do excesso de pele e gordura subjacente, procede-se ao fechamento das incisões. A cirurgia dura cerca de 1 hora e pode ser associada à lipoaspiração das coxas se houver indicação.


Pós-operatório

Em alguns casos deixa-se um dreno para aspirar o líquido coletado na região operada por um período variável entre 1 e 2 dias. O paciente recebe alta ao final do dia ou no dia seguinte, conforme o caso específico e a associação ou não com outras cirurgias.

Nos primeiros dois dias utiliza-se um curativo leve na região. A região operada necessita de atenção com a limpeza local por tratar-se de uma região delicada do ponto de vista de higiene (proximidade com a região genital). Dessa maneira, são indicados banho de assento para a limpeza local.

A cirurgia de suspensão das coxas não costuma causar muita dor e são prescritos analgésicos para o seu controle. Também são prescritos antiinflamatório, antibiótico (prevenção de infecção) e protetor gástrico (para evitar irritação do estômago pelas outras medicações).

A paciente deve permanecer em repouso relativo (sem esforços exagerados) durante 2 semanas. Após 6 semanas a paciente está liberada para atividade física normal, incluíndo academia.

A região operada apresenta inchaço por um período de 1 mês, havendo benefício com a realização de drenagem linfática e outros procedimentos de fisioterapia.

Perguntas frequentes

1. O cigarro atrapalha a cirurgia?

Sim. O cigarro age diminuindo o fluxo sanguíneo para a região operada. Na cirurgia da suspensão de coxas, há aumento do risco de deiscência (abertura de pontos) e da cicatriz apresentar um aspecto menos estético (alargamento). Encoraja-se o paciente a diminuir ou parar de fumar 4 semanas antes da cirurgia.


2. A cicatriz fica visível?

Toda cicatriz é permanente, mas com o tempo ela fica clara e pouco visível. No início a cicatriz é avermelhada e, após 1 a 2 anos, ela fica madura e mais clara. No caso da cirurgia de suspensão das coxas, posiciona-se a cicatriz na prega de pele existente na virilha até o início da região glútea, ficando menos aparente.

Quando há necessidade de se realizar também uma incisão vertical na porção interna das coxas, esta fica relativamente escondida entre as coxas. Um ponto relevante é que devido à pele fina da região e à ação da gravidade, a cicatriz tende a alargar com o tempo.


3. Quando perceberei o resultado final da cirurgia?

A maior parte do resultado já está aparente após 1 mês. O resultado final da cirurgia ocorre ao redor de 3 a 4 meses após a cirurgia, quando não há mais inchaço e o contorno é definitivo. Tratamentos estéticos como drenagem linfática e ultrassom ajudam a apressar o resultado.


4. Existe risco nesta cirurgia?

Como o simples ato de atravessar uma rua acarreta riscos, uma cirurgia plástica também apresenta riscos. As complicações da cirurgia de suspensão de coxas são pouco frequentes, mas não devem ser minimizadas. Dessa maneira, uma boa avaliação pré-operatória e a solicitação de exames conforme cada caso são essenciais. Os benefícios e os riscos da cirurgia devem ser mensurados e quando a relação pende para um grande benefício com um pequeno risco ela deve ser realizada.

Os riscos genéricos da cirurgia seriam hematoma (sangramento na região operada), podendo necessitar de drenagem cirúrgica e infecção (2-4%), havendo necessidade de tratamento específico para cada caso.

No caso específico da cirurgia de suspensão das coxas, existe um risco um pouco mais elevado de trombose venosa profundo em relação a outras cirurgias plásticas, sendo prudente a utilização de anticoagulantes por um período de cerca de 3 dias (quando o paciente volta a andar, diminuindo este risco).